Filhos na universidade: ninho e carteira vazios. E agora?
- Publicado em 23 julho 2024
Ao longo da vida familiar vão surgindo novas etapas pelo caminho, sendo a entrada de um filho(a) para a universidade uma das mais desafiantes, principalmente, quando há uma mudança de cidade. Além de gerir as saudades, é necessário lidar com todas as despesas extra que vão surgir. Conheça, neste artigo, dicas para economizar nesta fase e como capacitar o seu/sua filho(a) na gestão de finanças pessoais e de poupança 👇
A entrada de um filho(a) para a universidade pode ser sinónimo de ninho e carteira vazios. Para que a gestão financeira familiar seja possível, é necessário que haja um esforço de parte a parte, onde o próprio jovem também tem de aprender a gerir as suas finanças pessoais.
Com o aproximar desta etapa, o primeiro passo é fazer uma lista de todas as despesas. Assim, é possível ter uma melhor noção de todos os gastos e como podemos poupar em cada componente: alojamento, propinas, alimentação, deslocações, …
Escolha de alojamento
👉 Quando há uma mudança de cidade, uma das maiores despesas a considerar é o alojamento e a chave é sempre a antecedência, devendo começar a procurar o mais cedo possível. A pesquisa deve incidir em preços de residências privadas ou públicas para estudantes e de quartos.
👉 O que nos leva ao segundo passo: encontrar amigos/colegas que também escolheram a mesma cidade/universidade ou procurar pessoas para arrendar um apartamento em conjunto.
Deslocações
Seja para deslocações diárias para a faculdade ou para visitar os pais ao fim de semana e férias, há sempre maneira de conseguir poupar dinheiro.
👉 Fica quase sempre mais em conta optar por transportes públicos, como autocarro ou comboio. Neste caso, a antecipação é novamente uma grande ajuda, sendo que planear as viagens e comprar os bilhetes com antecedência acaba sempre por ficar mais barato.
👉 Caso o estudante tenha veículo próprio, pode sempre encontrar amigos a quem possa dar boleia e dividir as despesas.
👉 Já dentro da própria cidade, e porque que nem sempre os alunos conseguem ficar a viver perto da faculdade, é imperativo que procurem fazer um passe de transporte público:
📢 A boa notícia é que pode riscar esta despesa do orçamento, já que o passe é gratuito para todos os jovens com idades entre 18 e 23 anos, que estejam inscritos num estabelecimento de ensino nacional.
Propinas
👉 Outra despesa fixa são as propinas, que podem ser pagas uma vez por ano ou mensalmente.
👉 Os valores entre estabelecimentos de ensino públicos e privados são consideravelmente diferentes, mas há que pesar todas as despesas e escolher o cenário mais vantajoso (por exemplo, há casos em que optar pelo privado evita a mudança de cidade e respetivas despesas).
Alimentação
👉 Tal como em casa dos pais, a melhor forma de poupar na alimentação é optar pelas refeições caseiras. Uma das melhores coisas que um estudante pode fazer é planear com antecedência as refeições para a semana e fazer compras essenciais, poupando, evitando compras por impulso ou que os alimentos se estraguem (já que, muitas vezes, estão a cozinhar só para uma pessoa).
👉 Fora de casa, uma das grandes vantagens em ser estudante é que as cantinas das universidades são uma opção de refeição completa e barata! Além disso, é um ótimo momento de convívio entre novos colegas.
Descontos de estudante
👉 O “cargo” de estudante vem acompanhado de diversos benefícios. É, por isso, sempre importante estar atento a todos os estabelecimentos e/ou serviços que oferecem descontos.
👉 Para poupar ainda mais, o Cartão Jovem também é uma ótima forma de poupar e ter descontos, com um custo de apenas 10€ por ano.
Bolsas de estudo:
👉 Para conseguir ter algum apoio nesta fase, pode incentivar o seu filho a candidatar-se a uma bolsa de estudo.
👉 No caso de ser uma universidade pública, pode inscrever-se através da Direção Geral do Ensino Superior (DGES), na opção “Apoio ao Estudante” do menu superior.
👉 Os alunos bolsistas têm ajudas no pagamento das propinas e, em termos de alojamento, têm prioridade de vaga nas residências universitárias. Caso não consigam vaga, têm direito a um complemento de alojamento no valor de cerca de 220€.
👉 Além disso, algumas câmaras municipais têm programas de bolsas de estudo, sendo que é sempre bom informar-se sobre as opções que estão à sua volta.
Esperamos que estas dicas tenham sido úteis e que corra tudo bem nesta nova fase! Lembre-se sempre: a poupança caminha connosco lado a lado, em todos os momentos da vida 😊