Valongo volta a receber o programa Eu e a Minha Reforma para promover a literacia financeira

Até 2025, o programa Eu e a Minha Reforma está a ser implementado em Valongo, com vários grupos de participantes a integrarem Laboratórios de Literacia Financeira. A terceira edição destas sessões de capacitação financeira e digital começou este mês, no Polo da Academia Senior de Sobrado, dedicando-se em especial à população sénior. 

O novo grupo de participantes do Eu e a Minha Reforma foi recebido pela Câmara Municipal de Valongo e pela Fundação António Cupertino de Miranda, as duas entidades que, em parceria, implementam o projeto neste município.

Na sessão de apresentação, a Presidente da Fundação, Maria Amélia Cupertino de Miranda, felicitou o município pela “visão e consciência de como é importante as pessoas serem qualificadas e terem conhecimento de como gerir a sua vida financeiramente”. Sendo um dos objetivos do programa cruzar a capitação financeira e digital, reforçou também a importância de “além de saber gerir o dinheiro, gerir o dinheiro de forma digital”.

A Presidente da Fundação referiu, ainda, os resultados do estudo de medição de impacto realizado sobre o Eu e a Minha Reforma: “80% das pessoas que frequentaram estes cursos melhoraram as suas competências de literacia financeira. Sabem muito mais do que sabiam sobre dinheiro e mais de 70% melhoraram as competências digitais. O mais importante é que cerca de 70% alteraram o seu comportamento, ao criar, por exemplo, o hábito de registar os gastos diários ou ter o saldo sempre controlado”.

“Queremos mais vida, mas queremos melhor vida. E para isso, temos de nos qualificar, ser financeiramente mais informados e digitalmente muito mais competentes”, incentivou Maria Amélia Cupertino de Miranda.

Na sessão, Manuela Duarte, Vereadora da Ação Social da Câmara Municipal de Valongo, esteve também presente para dar as boas-vindas a todos os participantes, colocando-se um pouco no lugar dos mesmos, ao falar sobre o digital: “é uma área em que achamos sempre que são os nossos netos que têm de aprender coisas, que é só para os mais novos e não para nós. Mas isso não é verdade! Nós temos muita capacidade para aprender”.

Sobre o cruzamento do mundo financeiro com o mundo digital, Manuela Duarte partilhou um pouco da sua experiência pessoal: “foi muito tarde que iniciei a minha componente digital e hoje sinto-me capaz de pegar em qualquer desafio. Eu hoje sinto um enorme orgulho em poder fazer frente a certas situações, que antes tinha de pedir ajuda aos meus netos. Sendo que isso é uma forma de termos mais qualidade de vida e sermos mais independentes. Logo, muito me orgulha que o Presidente da Câmara de Valongo tenha sido sensível a esta área”.

Neste mês, arrancou também a quarta edição dos Laboratórios de Literacia Financeira do Eu e a Minha Reforma que vai decorrer no Polo da Academia Senior de Campo.

A implementação do projeto, garantida até 2025, é realizada no âmbito do Plano de Ação da Operação Integrada do Território de Intervenção (PAIOTI) AMP Interior Norte, que conta com investimento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

O município de Valongo integra ainda outros dois projetos de literacia financeira da Fundação, especialmente dedicado às escolas: No Poupar Está o Ganho e Por Tua Conta (Ensino Profissional).

Municípios diferentes, objetivos comuns 

Tal como nos outros municípios onde é ou já foi implementado, o Eu e a Minha Reforma leva os participantes de Valongo a desenvolverem conhecimentos e competências que lhes permitem tomar decisões financeiras mais informadas e conscientes. 

Através da capacitação financeira, o programa combate também a exclusão económica e social, tendo especial atenção para as pessoas que se encontram em situações de vulnerabilidade.  

Nas sessões do Eu e a Minha Reforma são abordados os seguintes temas-chave: planeamento e gestão de orçamento, poupança, produtos financeiros, capacitação digital, crédito e endividamento, direitos e deveres, prevenção da fraude, seguros e impostos. 

Os conteúdos são explicados partindo da linguagem do dia-a-dia e são disponibilizados todos os recursos aos participantes, através da plataforma digital e em suporte físico.